Saturday, September 29, 2012

"Nadine" vs Manoel de Oliveira




A
esperança de vida de um furacão no Atlântico não vai além de uns dez
a doze dias, para os mais bem adaptados. A maioria fica pelo
caminho, mas alguns nem sequer sobrevivem às primeiras horas de vida ,
e são tantos, que a taxa de mortalidade infantil do furacão é
preocupante , sempre comparada com o Portugal salazarento, o tal
sem défice nem dívida.
Adiante.
Lá vêm as excepções :
O
“Nadine” , nasceu a 12 de Setembro , maturou ,e uma semana depois
afectou os Açores, para de seguida andar a vaguear rumo a oeste ,
sudoeste ou a sul, ziguezagueando , alternando fases moribundas com
outras mais efusivas , excepcionalmente resistente a condições
desfavoráveis e, hoje , imagine-se , ainda temos “Nadine” para mais
uns dias . Os Açores voltam a estar na trajectória possível.
Ou
seja , já com 19 dias de vida e “Nadine” ainda está aí para mais
uns filmes meteorológicos , mais uns “takes” de regresso ao passado ,
mais projectos para o futuro, mais cenas de longevidade num guião
inesperado , mais trama neste acontecer em que o drama é , este
nosso efémero viver .
Longa vida a ambos .

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